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O Corporativismo

O Corporativismo

O corporativismo  tem sido amplamente discutido por se tratar de uma forma de exclusão da diversidade social. 

Trata-se da postura de um grupo, dentro de setores empresariais, que difundem ideias separatistas e rígidas, em benefício próprio, prejudicando outras pessoas.

Leia este artigo até o final e entenda como funciona o corporativismo e a inclusão social dentro de uma empresa.

Inclusão social e diversidade no trabalho são a mesma coisa?

Apesar dos termos serem bem parecidos e muitas vezes usados no mesmo contexto, há uma diferença entre as palavras. 

A diversidade diz respeito à pluralidade de pessoas, como: orientações sexuais, etnias, idade, raças dentro do ambiente de trabalho.

Já a inclusão é a forma como a empresa ou as pessoas aceitam e incluem um indivíduo em seu círculo. 

Por exemplo, se a equipe é composta por homens, mulheres, LGBTQIA+,  é um ambiente considerado diverso. 

Contudo, se só os homens alcançarem cargos altos, a empresa não é inclusiva. 

Ou seja, a diversidade reflete as ideias dentro da empresa, já a inclusão é a prática dessas ideias.

A imagem é de uma máquina de escrever com um papel escrito unclusivity

Empresas e inclusão social

Quando falamos em inclusão social nas empresas, não estamos falando de PCD (pessoas com deficiências), mas de todo aquele que não é aceito no mercado.

Essa exclusão pode acontecer por idade, etnia, religião, deficiência, classe social e nível de educação formal e gênero.

Uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2019 e divulgada em 2021 aponta que em relação à inclusão no mercado de trabalho.

Apesar do direito ao trabalho ser garantido pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, o nível de ocupação das pessoas com deficiência foi de 25,4%, enquanto na população sem deficiência chegou a 60,4%.

Notamos que, mesmo com leis que amparam PCDs, a prática da inclusão ainda não acontece.

Assim como diferença salarial entre homens e mulheres, contratação de pessoas de gêneros diferentes, obesas, entre outros aspectos.

O corporativismo e a inclusão social

Para promover a diversidade e inclusão dentro das empresas, foram criadas leis que determinam que os gestores reservem vagas de empregos para PCDs.

A Lei Brasileira de Cotas para Deficientes diz que toda a empresa precisa reservar determinadas vagas para pessoas com deficiência (PCD) ou reabilitados do INSS.

Os demais perfis não são assegurados por lei, sendo que, quando são contratados, podem sofrer com ações corporativistas.

Se uma empresa for majoritariamente masculina e tiver uma funcionária com forte potencial de liderança, esses homens podem se unir para blindar as ações da colega de trabalho e não permitir sua evolução profissional, por exemplo.

Para acabar com o corporativismo, algumas ações podem ser realizadas, visando melhorar a inclusão social. 

Recrutamento e seleção focados em inclusão social

Adicionar a inclusão social em seus valores significa começar pela etapa de recrutamento e seleção, com novas diretrizes, evitando a discriminação na hora de contratar novos funcionários.

Para isso é importante excluir qualquer pré-requisito para a vaga que não seja essencial para sua execução e avaliar os candidatos por suas reais competências.

Outro ponto que merece destaque é alterar a forma como a vaga é divulgada. A recomendação é evitar incluir termos que não são utilizados, preferindo uma linguagem coloquial, a fim de atrair a atenção do máximo de candidatos possíveis.

Acessibilidade da empresa

Os ambientes precisam ser funcionais para os profissionais com deficiência. 

É essencial que o espaço seja confortável para todos os funcionários, gerando mais produtividade na empresa. 

Existem alguns tipos de acessibilidade:

  • Comunicacional: exclui barreiras de comunicação interpessoal (presencial, língua de sinais), de escrita (textos escritos, notebooks, escritos em braile) e virtual (acessibilidade digital);
  • Arquitetônica: Elimina barreiras físicas nos espaços diversos;
  • Metodológica:  Exclui as barreiras de ensino e técnicas de estudo. Ou seja, os treinamentos internos não podem ter obstáculos pedagógicos;
  • Instrumental: Elimina barreiras na utilização de instrumentos, ferramentas, utensílios de trabalho, estudo, lazer e recreação;
  • Atitudinal: Relacionada a comportamentos nocivos, como preconceitos, estigmas e outras discriminações. Neste caso, a que melhor se encaixa com o corporativismo;
  • Programática: Remoção de barreiras nas políticas públicas, por meio de leis, decretos, normas, portarias, regulamentos e outros.

Palestras sobre a inclusão social

Para conscientizar as equipes sobre a importância da inclusão nas empresas, o setor responsável deve colocar no cronograma da empresa  a realização de palestras a fim de desmistificar a contratação de colaboradores diversos. 

Revisão das políticas internas

Incentivar a inclusão no mercado de trabalho requer, primeiro, eliminar qualquer política discriminatória da empresa. 

Isso é fundamental para que o comportamento excludente seja eliminado da corporação, incentivando o acolhimento em todos os processos do ambiente de trabalho. 

Treinar líderes e gestores para que sejam mais inclusivos

Treinar líderes e gestores para serem mais inclusivos também é um passo essencial da inclusão no mercado de trabalho. 

São eles os responsáveis por analisar o ambiente profissional e identificar qualquer ação corporativista.

Antes de mais nada, é preciso saber capacitar e dar o treinamento correto para o colaborador que está entrando, sabendo que a empresa está trabalhando na inclusão.

Nem todos os funcionários terão os mesmos conhecimentos e jeitos de pensar. Por isso, investir em capacitação e treinamento é a solução para todos fiquem no mesmo nível de conhecimento sobre sua função.

Apesar de haver poucas leis a respeito da inclusão, combater o corporativismo é um dever que precisa de atitudes o quanto antes.

Além disso, investindo em inclusão e diversidade, a empresa fica bem-vista aos olhos da sociedade e demonstra boa fé em suas práticas.

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